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Notas Biográficas
São José Lapa – encenadora, actriz
Nasce em Lisboa. Estreia-se em 1972 na Casa da Comédia, em Deseja-se Mulher, de Almada Negreiros, com encenação de Fernanda Lapa. No ano seguinte funda o grupo de Teatro Lídia a Mulher Tatuada, que se apresenta no Primeiro Acto - Clube de Teatro. Em 1975 finaliza na Escola Superior de Teatro, o curso Formação de Actores/ Encenação e funda com Alberto Lopes, A Centelha - Grupo de Teatro, partindo para Viseu onde permanece até 1979. Nesse ano regressa a Lisboa para na Casa da Comédia interpretar Anna Magnani em A Paixão de Pier Paolo Pasolini, numa encenação de Filipe La Féria. Em 1982 recebe o prémio da crítica de Melhor Actriz do Ano pelo desempenho de Paulina em Casamento Branco, sob a direcção de Fernanda Lapa. Encenou As Mãos Metidas na Terra e A Paixão - Fim de Estação. Iniciou a sua actividade no Teatro Nacional D. Maria II, em 1983, na peça Fernando Talvez Pessoa, encenada por Artur Ramos. Integrou o elenco de Don Juan, dirigido por Jean-Marie Villégier, na personagem D. Elvira no Théâtre de L’Europe. Entre outras peças fez parte do elenco de Mãe Coragem e Seus Filhos, encenada por João Lourenço, Anatol, encenada por Ricardo Pais, Passa Por Mim No Rossio, de Filipe Lá Féria, onde interpretou Hermínia Silva; O Leque de Lady Windermere, onde interpretou Mrs. Erlynne, dirigida por Carlos Avilez; As Fúrias, de Augustina Bessa-Luis, onde desempenhou o papel de Virgínia, com encenação de Filipe La Féria e As Troianas, interpretando Helena de Tróia, com encenação de João Mota.
Em 1995, no CCB, dirigiu o espectáculo Despir a Que Está Nua, de Griselda Gambaro. No ano seguinte, com o grupo Teatro Plástico, dirigiu o espectáculo Didascálias de Israel Horovitz e em 1997 Cenas de Uma Execução, de Howard Barker, produzidas e apresentadas no Teatro Nacional D. Maria II.
Na Televisão, participou, como actriz convidada, nos programas de humor de Herman José; Humor de Perdição, Casino Royal, O Crime da Pensão Estrelinha e Tal Canal; e nas sitcoms, Cluedo, com direcção de João Canijo (TVI) e o Clube dos Campeões (SIC). Interpretou ainda as peças Topaze, Mãe Coragem e D. João, e participou na série A Morgadinha dos Canaviais, de Ferrão Katzenstein, na série Médico de Família e nas telenovelas A Banqueira do Povo, de Walter Avancini, e ainda, Ganância, Fúria de Viver, O Jogo, Mistura Fina, Floribella 1 e 2, Resistirei, entre outras.
No cinema foi intérprete dos filmes Mara, de Angela Linders, Jogo de Mão, de Monique Rutler, Sinais de Vida, de Luis Filipe Rocha, Nuvem de Ana Luisa Guimarães, Tráfico de João Botelho e Maria e as Outras de José Sá Caetano.
Fundadora da Cooperativa Cultural Espaço das Aguncheiras, que tem como premissas a divulgação cultural, a discussão de saberes e a relação com a natureza. No seu belíssimo espaço entre a Azóia e o Cabo Espichel, encenou o Sonho de 1 Noite de Verão de William Shakespeare, A Gaivota, num voo rasante sobre as Aguncheiras, de Anton Tchekhov, onde também interpretou Arkadina, Dona Redonda 1 e DR2, As aventuras de Dona M. com K e as indústrias do Sr. Sarapantão, sobre texto de Virgínia de Castro e Almeida. Em 2008 encenou Tio João (Vania) de Anton Tchekhov. Com Alberto Lopes encenou O RANCOR - exercício sobre Helena, de Hélia Correia, onde também participou como actriz na personagem Etra. Em 2010 desenvolveu como coordenadora o projecto Casa Eco Criativa, que culminou com a produção do espectáculo Romeu & Julieta XVI-XXI, e encenou 9 pequenas peças de Jaime Salazar Sampaio n’ O Sossego K ali havia assemelhava-se ao da Eternidade.
Alberto Lopes – encenador, director de espectáculos
Lisboa, 1953. Estudou Arquitectura (ESBAL), Contrabaixo e Cinema (Conservatório Nacional). A sua actividade profissional e artística centra-se na direcção e projecto de espectáculos de teatro, música e multimedia – onde tem desenvolvido o uso expressivo das tecnologias contemporâneas. O seu trabalho no teatro passa pela escrita, a música, a cenografia e a encenação, de acordo com o contexto criativo e a realidade de produção de cada espectáculo.
Globalmente o seu trabalho está centrado na investigação sobre os limites da expressividade cénica da performance e da tecnocnologia no envolvimento do público, em todas as escalas de produção. Na sua diversidade os espectáculos que dirigiu espelham essas preocupações. São exemplos produções com São José Lapa e Pedro Cabrita Reis (Teatro Nacional), Rui Veloso (Coliseu), Delfins (Teatro da Trindade), João Grosso, Rui Castelo Lopes e Xana (Fundação Calouste Gulbenkian), ou a mega-produção Acqua Matrix (Expo 98) com Mark Fisher David Toop e João Paulo Feliciano.
Encenou textos de Amadeu Lopes Sabino, Maria Estela Guedes, Rui Costa Lopes, Gil Vicente, António José da Silva, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Alfred Jarry, Howard Barker, Franz Wedekind, Reiner Werner Fassbinder, Franz Kafka, Hélia Correia.
Valerie Braddell - actriz
Nasceu em Lisboa e cresceu em Sintra para onde voltou depois de 25 anos em Londres. Regressou a Portugal em 2003 e começou as Produções Próspero para dar continuidade ao seu trabalho como actriz e produtora.
Fez o liceu português completo (Germânicas) e frequentou o Conservatório piano e a escola superior de teatro.
Em 1975 continuou a sua formação na RADA (Royal Academy of Dramatic Art) em Londres..Licenciou em Inglês e História de Arte (Universidade de Londres - Goldsmiths).
Como actriz tem desempenhado tanto os clássicos como Shakespeare (Julieta, Goneril, Queen Elizabeth, Titania, Prospero, Mariana, Mistress Overdone...) em Tchekov (Yelena “Tio Vanya”) Dumas (Milady de Winter “Os Três Mosqueteiros”) Vanbrugh (Lady Brute), Lord Byron (Don Juan), J:B:Priesley, Bernard Shaw... e mais contemporâneo de Garcia Lorca, Vargas Llosa, Melanie Phillips, Alfred Jarry, Richard Curtis, Luisa Costa Gomes, John Retallack etc... seu trabalho inclui longas digressões internacionais á Grécia, Jugoslavia, Suècia, Alemanha, Bulgaria, Brasil, Venezuela, Peru, Chile, E.U.A., Irlanda, Escócia, Portugal, representações em festivais de teatro entre eles a Nova York, Jerusalem, Sofia, Atenas, Amsterdam, Avignon, Edinburgh. Estadias e trabalho em repertório em várias cidades na Inglaterra, peças experimentais na “fringe” em Londres e no West End nomeadamente no Donmar Warehouse com uma “season” de 5 peças ; “The Tempest”, The Provoked Wife”, “D.Quixote”, “Ubu Roi” e “Berlin Berlin”, premiadas pela Society of West End Theatre. Antes de regressar a Portugal fez “Never Nothing from No One” L Costa Gomes e “Fédra” de Racine, versão de Peter Oswald enc Tim Carroll.
Filmagems em Portugal incluem “State of Emergency” com Martin Sheen, “Slip-Up” para a BB, “Daisy” de Margarida Gil e“Mistério na estrada de Sintra” de J:Paixão da Costa.
Em 1991 associada á New Vic produziu e desempenhou Madalena na versão inglesa de “The Pilgrim” (Frei Luís de Sousa) em digressão no Reino Unido,Londres no Teatro Sadler ́s Wells - Lilian Baylis e no São Luíz em Lisboa. Formou as Produções Próspero em 2004 e apresentaram “A Tempestade”, “Romeu e Julieta” e “Macbeth” de Shakespeare em Lisboa e em digrasão nacional, nas quais tambêm participou como actriz. Outros trabalhos incluem peças radiofónisas de Becket com enc.Gomçalo Waddington e João Lagarto, “Casting Day” no TEC com Um Só Tecto, “Amor - Música” no clube Eça de Queirós,. Recentemente encenou “A Jubilee” de Tchekhov para os Lisbon Players.Para o Espaço das Aguncheiras“O Rancor” de Hélia Correia no papel de Helena de Troia enc. São José lapa e Alberto Lopes.
Inês Lapa Lopes – cenógrafa, actriz
Licenciou-se em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Fez o ensino secundário no Liceu Pedro Nunes. Concluiu os estudos de Música no Conservatório Nacional de Lisboa e o 5ograu de Violoncello. Estudou desenho, fotografia e escultura no AR.CO. Membro fundador da cooperativa cultural Espaço das Aguncheiras, coordenadora do projecto Palco de Oportunidades, edita vídeos com a Roger and Out e insere conteúdos no site espacodasaguncheiras.pt e no blog espacodasaguncheiras.blogspot.com.
Trabalha frequentemente como cenógrafa, aderecista e artista Plástica, para teatro e Televisão onde foi decoradora em ficção, telenovelas e séries, com as produtoras, Endemol, TGsa, NBP, TDN. Foi decoradora de ambientes no IKEA. Destaca os seguintes trabalhos: 2010 Actriz e cenógrafa em “O Sossego k ali havia assemelhava-se ao da Eternidade” de Jaime Salazar Sampaio com o Espaço das Aguncheiras. 2009, Actriz (Hermíone) em “O RANCOR - exercício sobre Helena” de Hélia Correia, encenação de Alberto Lopes e São José Lapa. 2008, Cenografia, adereços, Actriz (Helena) em “Tio João (Vânia)” de Anton Tchekhov, encenação de São José Lapa. Cenografia, adereços, imagem, sonoplastia, “O Pedido do... Urso”, encenação de Rui Pedro Cardoso, textos de Anton Tchekhov. 2007,
Cenografia, produção, imagem gráfica e actriz (Nina) para “A Gaivota, num voo rasante sobre as Aguncheiras”, encenado por São José Lapa. Cenografia, adereços, imagem gráfica, sonoplastia, “Dona Redonda 1 e 2”, encenação de São José Lapa, sobre texto de Virgínia de Castro e Almeida. Cenografia, produção, imagem gráfica, “O Dissecar d’ A Gaivota”, direcção de São José Lapa. 2006; Cenografia, adereços, imagem gráfica e actriz (Titânia) para “Sonho de 1 Noite de Verão”, encenado por São José Lapa no Espaço das Aguncheiras. 2005, Cenografia, adereços, actriz na peça “12 Mulheres e uma cadela” com encenação de São José Lapa, sobre textos de Inês Pedrosa, Teatro da Trindade. 2003, Cenografia e Figurinos para a peça 900-Novecento de Alessandro Baricco com encenação de Rui Pedro Cardoso. 2001, “Ficção das Coisas e dos Seres”, exposição individual na Galeria.
Diferença. 2000, Violoncelista, realização de adereços e máscaras na peça de teatro “Romeu & Julieta” e “1862 Uma Noite Mágica” com encenação de Jorge Fraga. Como actriz trabalhou também com João Perry, Ferrão Katzenstein e Pedro Caldas.
Em 1986 teve a primeira experiência como actriz, mas desde que tem memória, que se lembra de andar pela parte de trás dos palcos.