A grave crise climatérica, a natureza e a exaustão dos seus recursos versus desenvolvimento económico, no Antropoceno. O tema é expositivo da necessidade de encontrar a consciência, uma urgente consciência coletiva e gritante na mudança de hábitos e prioridades.

O Risco fala da relação arriscada que mantemos com o planeta em que vivemos. O mundo é vasto, tão vasto que parece não ter fim - viva a nossa curiosidade. O Risco pode ser disruptivo, rasgar, romper ou destruir mas também construir. Muitas vezes é o início do que se julgava impossível. Experimentamos, confrontamos. Como nos mostrou H. D. Thoreau é necessário ir da opinião à ação. Francisco Rasteiro - ecologista de Sesimbra, fundador do NECA  – viveu na casa que construiu numa árvore. Arriscou outra vida ao experimentar sobreviver do que a terra lhe dava. Agora seguimos juntos entre plantas, pedras e animais. Teatro sob as estrelas com música ao vivo, vídeo, rãs, pássaros e escaravelhos. Agora tudo se mistura, realidade e sonho.

Começamos por ouvir as Cartas à Natureza. Diferentes vozes sugerem diferentes mundos na imaginação de quem ouve. Partindo de uma realidade quase documental, trazemo-la para cena mas experimentamos passar a acreditar no inacreditável. As vozes estarão na nossa cabeça? A da Carolina Vasconcelos Lapa junta-se à da Ana Teia numa solidão no meio da multidão. Com mais ou menos riscos, este Risco que nasceu entre as Aguncheiras e a Arrábida, espera por si.